Coca-Cola aposta no Labubu para engajar a Geração Z com fofura e cultura pop

Personagem colecionável vira aliado da marca para gerar conversa, presença em redes e desejo no ponto de venda, mostrando como unir storytelling, cultura pop e consumo emocional

A Coca-Cola sabe como ninguém transformar um simples refrigerante em assunto de interesse para todos os públicos, e agora aposta em um aliado inusitado para engajar a Geração Z: o Labubu. O personagem fofinho e colecionável, criado pelo artista Kasing Lung em parceria com a Pop Mart, é febre entre jovens e fãs de cultura pop, conectando um público que valoriza exclusividade, design e experiências que podem ser compartilhadas nas redes sociais. Para a Coca-Cola, não se trata apenas de vender mais refrigerantes, mas de criar uma experiência que envolve storytelling, identidade e desejo, usando o Labubu como ponte para conversas genuínas entre a marca e os consumidores.

Na campanha lançada em Singapura e em outros mercados asiáticos, latinhas colecionáveis da Coca-Cola foram estampadas com o Labubu em diferentes poses e expressões, despertando a curiosidade e o desejo de completar a coleção, gerando filas em lojas e milhares de publicações no TikTok e Instagram. Além das embalagens, a ação incluiu pontos de experiência em lojas e ativações digitais, onde consumidores podiam desbloquear stickers do Labubu para compartilhar, participar de desafios e acessar conteúdos especiais. Essa estratégia conecta pontos essenciais para o marketing atual: presença no físico, reforço digital e cultura de colecionáveis, que transforma o simples ato de comprar um refrigerante em uma jornada de experiência e pertencimento.

Ao usar o Labubu como personagem em sua comunicação, a Coca-Cola cria conexão emocional com a Geração Z ao dialogar com o universo kawaii, a cultura de memes e a estética que faz parte do dia a dia digital desse público, entendendo que o consumo vai além do produto, envolvendo lifestyle e identidade. Além disso, a ação se conecta com a tendência de “marketing da fofura”, cada vez mais presente em marcas que querem se aproximar de comunidades jovens, humanizando a comunicação com personagens que geram empatia e viralização orgânica. Essa tática ajuda a marca a permanecer relevante em um mercado competitivo e em um público que prioriza a experiência e o propósito por trás de cada escolha de consumo.

Victor Escobar, diretor de atendimento da EscaEsco, resume bem o que podemos aprender com a Coca-Cola nesse case: “Quando a marca entende a linguagem e os símbolos que fazem parte da vida do seu público, ela sai do lugar de anunciante e se torna parte do cotidiano, gerando conexão real e desejável”. E é exatamente isso que a Coca-Cola faz ao utilizar o Labubu, trazendo para a sua comunicação um elemento que já faz parte do interesse do público, ampliando a conversa para além do consumo imediato e criando uma oportunidade de relacionamento que fortalece o branding e gera engajamento tanto online quanto offline.

Para profissionais de marketing e publicidade, fica o aprendizado: estudar os símbolos, personagens e comportamentos que fazem sentido para o público-alvo é essencial para criar campanhas relevantes que gerem buzz, desejo e relacionamento, indo além do alcance e se transformando em conexão. O case do Labubu com a Coca-Cola mostra que unir cultura pop, colecionáveis e storytelling em campanhas é uma estratégia eficaz para marcas que desejam se aproximar da Geração Z de forma leve, criativa e, principalmente, autêntica.

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