A pandemia e o e-commerce, mudanças significativas

Por: Mariane Cabrera

Nos últimos anos, passamos por momentos atípicos, a pandemia do coronavírus (covid-19) nos trouxe muitos desafios. Entre a crise sanitária que o Brasil e o mundo foram obrigados a enfrentar, nos sofás de casa, viemos a nos adaptar ao que muitos consideram como o novo normal. Diversas mudanças surgiram partindo desse ponto, a transformação digital tão falada há anos, foi acelerada rapidamente em muitos lares brasileiros. Inovações, adaptações e mudanças de comportamento dos consumidores e das empresas, tudo devido à crise do coronavírus. 

A migração para o digital era inevitável, os acessos aos ambientes virtuais aumentaram de forma descomedida, e isso se reflete nos números. De acordo com os dados da pesquisa TIC Domicílios 2021, o país alcançou a marca de mais de 182 milhões de usuários de internet, representando 86% da população brasileira, onde o crescimento mais expressivo foi entre moradores de áreas rurais, idosos e mulheres. Quanto às redes sociais, o estudo Digital 2021 Brazil demonstrou o quanto o uso dessas plataformas foram relevantes. Em 2021, o número de usuários dessas redes chegou a 150 milhões, um crescimento de 7,1% em relação a 2020. Em ordem, as principais plataformas acessadas foram YouTube, WhatsApp, Facebook e Instagram.

Todos se adaptaram e aprenderam novos hábitos. E se antes da pandemia algumas lojas vendiam apenas fisicamente, agora elas precisam, de maneira quase que obrigatória, se adequar e levar seus negócios para o mundo online, constituindo não só uma oportunidade para geração de receita através de canais que não eram usados anteriormente, mas também, dando uma notoriedade nunca vista antes ao universo digital e ao marketing. 

Para se ter uma ideia de como a internet passou a fazer parte ainda mais da vida de muitos brasileiros, de acordo com a 44ª edição do relatório Webshoppers, relatório esse que reúne dados expressivos referentes ao e-commerce, no primeiro semestre de 2020, início da pandemia, o número de novos consumidores online cresceu 40%. Outra pesquisa (Perfil do E-commerce Brasileiro) revela ainda que o Brasil possui 1,6 milhão de sites de e-commerce. Isso representa 22% a mais que 2020 e se soma ao crescimento de 40% que já havia acontecido de 2019 para 2020.

Em síntese, sabemos com clareza que as mídias sociais são uma das responsáveis pelo crescimento das vendas onlines, convertendo-se no principal canal de compra, o social commerce. Instagram, Facebook e Pinterest se destacam nessa modalidade, permitindo integração das lojas virtuais às suas plataformas, tornando mais fácil para os consumidores o processo, sem nem ao menos terem que deixar a plataforma, criando um caminho simples e perfeito para comprar. 

“Já sabemos que houveram mudanças significativas nos comportamentos dos consumidores, mas é preciso salientar que essa questão deve ser levada em consideração pelas empresas, caminhando lado a lado ao marketing digital, pois é preciso evoluir os processos de vendas online, para além da era da personalização e entrar na era do comércio pessoal, onde os consumidores criam as suas experiências em conjunto com as marcas para refletir suas preferências a qualquer momento”, afirma Victor Escobar, sócio da EscaEsco Comunicação.

Os consumidores esperam que as marcas entendam o que compraram no passado e os ajudem a determinar o que devem comprar a seguir, com base em todos os dados que compartilharam conscientemente com eles ao se envolverem com seus sites e canais. Não se trata mais de as marcas atenderem os consumidores onde eles estão, agora trata-se de marcas dizendo a eles o que querem e quando querem.

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